12 março 2011


DELÍRIO

Nua, mas para o amor não cabe o pejo

Na minha a sua boca eu comprimia.

E, em frêmitos carnais, ela dizia:

Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!

Na inconsciência bruta do meu desejo

Fremente, a minha boca obedecia,

E os seus seios, tão rigidos mordia,

Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.

Em suspiros de gozos infinitos

Disse-me ela, ainda em grito:

Mais abaixo, meu bem!? num frenezi.

No seu ventre pousei a minha boca,

Mais abaixo, meu bem! ? disse ela, louca,

Moralistas, perdoai! Obedeci...

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